A Arte da Narração - Capítulo 5

As narrações escritas
O exercício de narração será o fundamento de um pensamento profundo e interação vivaz com um aprofundamento de ideias e de conhecimentos. Os estudantes que praticam a narração, ordenam informações, classificando-as e selecionando-as; e, desta forma, desenvolvem o pensamento.
Os processos cognitivos envolvidos na criação de conteúdo escrito exigem uma organização de pensamento estruturada e refletida. Destarte, um tanto mais complexo do que o exercício oral. Conforme nos aponta a autora, entende-se que a narração escrita não é um exercício formal, mas, sim, a transposição das ideias da história, de forma escrita.
A partir disso, gradualmente, o estudante se aperfeiçoa na técnica, com a prática. Uma vez adquiridas habilidades necessárias ao exercício formal, dar-se-á início a composição escrita.
A partir de qual fase podemos iniciar o exercício de narração escrita?
Em torno de nove anos de idade.
Como realizar o exercício escrito?
De forma livre, e sem estabelecimento de regras, a criança colocará as ideias no papel. Do mesmo modo que o faz com as narrações orais, como se estivesse contando uma história a alguém. Aos poucos, quando ela ganhar mais familiaridade com o exercício, tu poderás solicitar narrativas mais longas e completas. Quando o estudante já for mais velho, introduz-se regras básicas de execução da atividade.
Qual a frequência para a prática de narração?
A prática deve ocorrer, inicialmente, uma vez por semana, em paralelo ao exercício oral. Gradualmente, aumenta-se a frequência, até que ocorra diariamente. O uso de recursos adicionais, que possam auxiliar a desenvolver e estimular os estudantes na realização do exercício, é altamente recomendável. Espera-se que o aperfeiçoamento e domínio de arte aconteça ao final de três ou quatro anos de exercícios.
