Obediência à realidade

Inauguramos o espaço filosófico. Os artigos desta seção terão uma perspectiva mais de busca pelo fundamento das coisas. Neste primeiro mês, o professor Rodolfo Braga nos mostra a importância de agir de acordo com o que as coisas são e não do modo como queremos que elas sejam. Será que as pessoas de nosso tempo estão agindo do primeiro ou do segundo modo? Confira!


Conta-nos o livro do Gênesis, em seu capítulo segundo, várias coisas interessantes. Eu gostaria de destacar duas. A primeira é que Deus dá a liberdade ao homem de comer do fruto de todas as árvores, menos uma: a do conhecimento do bem e do mal. No primeiro caso, Deus ainda alerta que o homem morreria, caso viesse a desobedecer isto que era parte da estrutura da realidade. A segunda coisa destacável é o fato de Deus ter dado a Adão a capacidade de nomear os animais.


No segundo caso (notem: ainda não havia ocorrido a queda), o homem realiza esta função de maneira primorosa, sendo capaz de olhar um animal e dizer, com o poder da palavra agora a ele conferido, O QUE É determinado animal por meio de seu nome. Vale lembrar que, no contexto das Sagradas Escrituras, a expressão “Palavra” originalmente em grego é Logos, isto é, Razão, Sentido, Verbo. Deste modo, em seu estado harmônico, o homem é capaz de dizer algo acerca das coisas ao seu redor porque está imbuído do poder da palavra, de modo a, olha que legal!, PARTICIPAR da natureza divina.


Porém, o primeiro caso por mim destacado faz-nos lembrar que o homem negou algo que era recomendação dAquele que conhece a estrutura da realidade. E o que ocorre em seguida? O homem perde esta harmonia e morre. Morre porque perde a capacidade de nomear a realidade ao seu redor. Morre pois deixa de PARTICIPAR do poder da Palavra, que conferia a ele senhorio diante da realidade a qual se encontrava.


Assim é o homem de nosso tempo que não obedece a estrutura da realidade. Pensando possuir o conhecimento do bem e do mal, o homem moderno, em geral, está morto, pois está perdido em seus devaneios que não condizem com o que as coisas são. É aí que ele passa a viver seu vale de lágrimas.


Deste modo, entende-se que a obediência à realidade é passo fundamental para uma vida harmônica onde pode-se possuir o poder da palavra e nomear as coisas como elas são. Possuir esta capacidade é estar instalado na realidade respirando a concretude do que nos cerca, conhecendo-se melhor, vivendo melhor.



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