Na última live da #MaratonaPrimus falamos sobre o calendário escolar como um todo, começando pelo ano letivo, passando pelos trimestres e semanas até chegar à rotina diária de estudos. Ficou bem clara para nós a importância dos livros em uma educação Charlotte Mason, afinal nós vimos que são eles que vão dar o tom do nosso planejamento, indicando até quantos dias por semana vamos dedicar a cada assunto.
É por isso que, depois de listarmos os conteúdos previstos para o primeiro ano formal, é necessário escolher muito bem os livros que farão parte do nosso currículo. Aliás, na última live falávamos sobre um adágio latino que diz "non legere, sed eligere" (não ler, mas escolher). Mas, quais são os critérios que devem reger essa escolha?
Em Parents and Children, Charlotte Mason nos dá uma excelente pista ao dizer que as crianças devem ter livros, livros vivos; os melhores não são bons demais pra eles; nada menos do que os melhores é bom o suficiente (p 279). Não basta que os livros sejam bons ou bonitinhos... Eles precisam ser os melhores, eles precisam ser livros vivos.
Mas, o que é um livro vivo? Bem, existem algumas definições possíveis. Vou compartilhar com vocês três das minhas favoritas.
Certa vez ouvi um exemplo magnífico que ajuda a diferenciar bem um livro didático de um livro vivo. Imagine que você tem entre as mãos um livro didático de História e o texto diz algo assim: "Após a guerra o rei morreu e, em seguida, a rainha morreu." Se esse mesmo livro fosse vivo, ele diria o seguinte: "Após a guerra o rei morreu e, em seguida, a rainha morreu de tristeza."
Talvez você tenha até conseguido imaginar uma rainha chorando!
Dificilmente estabeleceríamos qualquer relação de empatia com uma rainha que viveu sabe-se lá há quantos séculos atrás. Não somos da realeza, ela não era nossa amiga e, essa guerra não tem nenhuma implicação direta com a nossa vida. Ou seja... não nos importamos com ela! Podemos até sentir pena, mas em geral nem isso acontece. Essa pessoa e toda a sua biografia foi reduzida a uma mera informação, a um fato seco destinado ao esquecimento.
Mas, se somos capazes de identificar nela sentimentos iguais aos nossos, estabelecemos uma relação com essa personagem histórica. Todo mundo já se sentiu triste por perder um ente querido. Essa empatia cria entre nós e a rainha uma conexão e isso tem um impacto incrível na nossa memória de longo prazo. O poder de um livro vivo consiste no fato de que ele consegue fazer com que nos importemos com o que lemos. Como dizia Charlotte Mason, a pergunta não é — quanto o jovem sabe? quando ele tiver terminado sua educação —, mas quanto ele se importa? (School Education, p. 171).
1. Escolhendo um caminho a seguir (Veja como foi)⠀
2. Como planejar o primeiro ano do Ensino Fundamental (Veja como foi)
3. Escolhendo os melhores livros (Veja como foi)
4. Um currículo de Geografia para o 1° ano (Veja como foi)
5. Um currículo de História para o 1° ano (Veja como foi)
6. Um currículo de Ciências para o 1° ano (23/11 - 21h30) ⠀
7. Um currículo de Literatura e Alfabetização para o 1° ano (25/11 - 21h30)⠀
8. Um currículo de Inglês para o 1° ano (30/11 - 21h30)
9. Outras áreas de estudo para o 1° ano (Arte, Música, Matemática, Religião, Educação Física e habilidades para a vida). (02/12 - 21h30)